Domingo, 9 de Junho de 2013

MADRID> CENTRO> Bodega LA ARDOSA

 

 

 

A La Ardosa mora uns quarteirões acima da cosmopolita e central Gran Via, na Calle de Colón – 13. Não tem dia para fecho, mantendo a porta aberta diariamente das 8h30 as 2h.

 

Inaugurada em 1892 por um visionário proprietário vinícola da Toledo, que montou uma série de tabernas em Madrid para vender o seu vinho a granel. Esta foi a mais antiga e remanescente dessa época, que  tem sabido ao longo de mais de um século escrever a sua história. Na década de 70 fez uma incursão pelas cervejas, sendo inclusivamente pioneira na importação em Espanha de cervejas como a Guiness e a Pilsner Urquell, que foi a primeira cerveja rubia do mundo, que continuam a correr pelas “bocas” desta casa.

 

Esta bodega legendária, a sétima mais antiga de Madrid, é um símbolo de reconhecimento das suas gentes, continuando diariamente a transbordar de gente, que não arreda pé até chegar a sua vez, seja ao balcão, de pé, ou na meia dúzia de mesas deste espaço. O serviço é jovem e simpático.

 

 

EPICURISTA ME CONFESSO****

 

Chegados a esta bodega, a movimentação ao rubro, com muito ambiente e boa disposição, e um sentimento qb de estarmos mais uma vez a fazer parte da história, e daquelas que não são efémeras mas que atravessam gerações.

 

E enquanto esperávamos para assentar arrais, começamos por um afamado vermute de grifo, considerado um dos melhores de Madrid. E não sendo um apreciador nem conhecedor deste modo, sem dúvida que se destaca positivamente dos demais que já experimentei. Aliás, nesta jornada só troquei este lote na abaladiça, em que fechamos em beleza com a por esta banda famosa rubia Pilsner Urquell...

 

Já à volta da mesa alta, e entre a vasta e diversificada oferta existente, seguimos o caminhos das tapas. Assim sendo, chegou uma fantástica tortilha de batata, reconhecida e premiada em concursos locais  como a melhor. Sem dúvida muito bem feita. Veio também um misto de croquetes – rabo touro, bacalhau, queijo cabrales e presunto – muito bons. Picamos uma fresca salada russa. fresca e Como os vermutes estavam a cair muito bem e para não ficarem órfãos, ainda pedimos umas tapas de mojama (atum seco), bem bebedoras.

 

Não sendo no final uma casa de tapas barata, para Madrid e tendo em conta o bom momento por aqui passado, a relação é em conta: 6 croquetas – 9,95€, tortilla – 2,65€, salada russa – 6,95€, mojama – 2,35€, vermute – 2€. Os platos caseros andam por volta dos 12-13€.

 

Enfim, grande noite à volta da mesa, em mais uma histórica bodega, com volta certamente marcada em futura jornada madrilena. Como dizem nuestros hermanos: Precioso!

 

SITE: www.laardosa.com


publicado por Epicurista Portuense às 01:20
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MADRID> PUERTA DEL SOL> Bodega LA VENECIA

 

 

 

A La Venecia mora perto da turística Puerta del Sol, na Calla Echegaray - 7. De porta aberta diariamente excepto ao domingo, recebe os seus anciãos entre as 13h-15h3o e das 19h-1h30.

 

Esta vinateria histórica de Madrid, quase centenária (1922!), mantém saudosamente a sua traça de outra época, com a luz fusca sobre a mesma pintura de sempre, envolvidas por velhíssimas cubas e cartazes intemporais das célebres Ferias de Jerez, que transmitem uma verdadeira autenticidade  na cultura do Jerez.

 

O mestre desta casa, sempre concentrado no seu ofício, e nos seus clientes de sempre, teima em manter bem viva a tradição, pelo que aceita bem “forasteiros” que venham para apreciar a sua vivencia e os seus vinhos, mas faz má cara quando entram “estrangeiros” que vão por turismo. E neste sentido, fotografias não são bem vindas, porque isso é maneio comum a quem quer mais mostrar do que apreciar.

 

EPICURISTA ME CONFESSO*****

 

Esta é uma bodega no sentido completo da palavra. Maior originalidade não existe, e como gosto muito deste viño fino de jerez, também conhecido por sherry, em qualquer passagem por Madrid é obrigatório assentar arrais nesta mítica casa.

 

Aqui bebe-se, com intensidade e sacralidade, todo o tipo de vino de Jerez, finos e manzanillas, olorosos e amontillados, pelo que o melhor é ir pedindo copo seguido de copo, e descobrir a que lote se alinha mais o nosso palato.

 

Ideal para um fim de tarde ou de entrada antes de ir jantar, a acompanhar esta jornada vínica andaluza, juntou-se umas azeitonas e mojama, que é um atum seco envolvido por um fio de azeite, que é para mim uma das grandes tapas de acompanhamento de vinho.

 

A conta, que vai sendo apontada a giz no velho balcão de madeira, é em conta, valendo cada copo de Jerez – 1,70€ e a garrafa – 11€, o tapa de mojama – 2,30€, de queijo manchego – 2,30€, e as azeitonas oferecidas aos bebedores.

 

Enfim, singular e profundamente genuíno, pelo que encostar a esta barra ou sentar naquelas madeiras antigas é “missa” obrigatória por terras de Madrid, sentida sempre como um magnifico investimento neste tipo de cultura. Memorável e Imperdível!


publicado por Epicurista Portuense às 01:19
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Antonio José Barros
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